História
Cristianismo inicial (séculos IX e X)
Dinastia da família Premyslid (século XI até XIII)
Luxemburgos (séculos XIV e XV)
A Guerra dos Trinta Anos e a germanização (séculos XVII e XVIII)
Renascentismo nacional (século XIX)
História moderna (séculos XX e XXI)
A existência de povoamentos humanos no território do actual estado checo é comprovada por descobertas, algumas que datam há mais de 25 000 anos atrás. Durante a idade de pedra formavam-se povoamentos com os primeiros agricultores e durante o século IV e III a.C. enfrentavam-se aqui diferentes culturas (na imagem à direita a cabeça de um deus celta). Os primeiros habitantes conhecidos eram nessa época os Bojos celtas (do seu nome deriva o nome de Boémia utilizado para designar território checo), no século I a.C. chegaram as tribos germânicas de Marcomanos e Kvadovas. Durante o século VI, quando culminava a chamada migração de povos, chegaram os Cárpatos a este território e também os Eslavos que fundaram aqui as suas sedes permanentes. Na luta contra os Avaros e mais tarde contra os Francos uniram-se os Eslavos no chamado império de Sámo (cerca do ano 630). Na imagem central a famosa estatueta da Vénus de Věstonice.
Cristianismo inicial (séculos IX e X)
No território da Morávia foi fundado no ano de 830 o primeiro estado nas terras checas - o Império da Grã Morávia (na imagem jóias do jazigo arqueológico em Staré Město). Os seus soberanos converteram-se ao cristianismo vindo do ocidente, mas o esforço por uma independência religiosa culminou cerca do ano de 835 na missão do Cirilo (ou também Constantino) e Metódio, que formaram a escrita eslava (o alfabeto glagolítico). Antes da queda do Império da Grã Morávia (907) a Boémia separou-se do império, tendo a família dos Premyslid conquistado o seu domínio. A família mudou a sua sede para Praga e assassinando a dinastia rival dos Slavníkovci finalizou a união dos Checos.
Dinastia da família Premyslid (século XI até XIII)
No decurso dos séculos X até XII fortaleceu a sua posição a dinastia da família Premyslid, que levou o país à prosperidade. Vratislav II tornou-se no primeiro rei checo no ano de 1085 e para a sua coroação foi elaborado o Código de Vyšehrad, um evangelho ricamente adornado (veja a imagem). A colonização de zonas sub montanhosas, o desenvolvimento do comércio, a fundação de muitas cidades, a extracção de prata, a construção de castelos, conventos e templos em estilo gótico e o fortalecimento do poder monárquico - tudo isto é característico da 1a metade do século XIII durante o governo de Přemysl I Otakar (1197 - 1230) e Venceslao I. (1230 - 1253). Aquando do assassinato de Venceslao III, no ano de 1306, em Olomouc, a dinastia da família Premyslid terminou.
Luxemburgos (séculos XIV e XV)
O casamento do João Luxemburgo de 14 anos e da Eliška Premyslid levou ao trono checo a dinastia dos Luxemburgos. O governo desta dinastia significou para o estado checo o auge do poder e o culto filho primogénito de João, Carlos IV (governou nos anos 1346 até 1378), tornou-se no rei mais conhecido da história checa. Durante o seu governo aumentou a extensão do país sobre outros territórios, fundou a Cidade Nova de Praga e a Universidade (1348) e depois da sua eleição como imperador romano deu a ordem para a construção da ponte de pedra em Praga (1357), que ostenta o seu nome (na imagem A ponte de Charles do ano 1606). O seu filho Venceslao IV, no entanto, não conseguiu enfrentar vigorosamente as ambições da aristocracia, foi deposto do trono alemão (1400) e o país caiu na crise.
No ano de 1526 passou a coroa aos Habsburgos e Fernando I obteve para a sua família os direitos hereditários ao trono checo. No entanto, durante o reinado do seu sucessor Maximiliano II foi dada liberdade religiosa sem precedentes. Durante o reinado de Rodolfo II (1576 até 1611), que trasladou a sua sede para a Boémia e tornou Praga não só na capital do império, mas também o centro da ciência e cultura europeus. Na sua corte viveram também os maiores astrónomos dessa época - o italiano Giordano Bruno, o dinamarquês Tycho Brahe, o alemão Johannes Kepler e o nascido em Boémia, Tadeáš Hájek. Na imagem o famoso retrato do Rodolfo II de Archimboldo.
A Guerra dos Trinta Anos e a germanização (séculos XVII e XVIII)
Fortalecimento de tendências absolutistas e a expansão católica culminaram após a subida ao trono de Matias (1611) e o checo foi declarado por lei como idioma oficial estatal (1615). As disputas entre o rei e a aristocracia checa culminaram na revolta dos estados (1618) que significou o início da guerra dos trinta anos. A sua derrota na Batalha da Montanha Branca (1621) resultou não só na execução de 27 cabecilhas da revolta, mas também no declínio económico e no fim de independência checa. O período de germanização no entanto trouxe também o primeiro censo da população (1754), a introdução do ensino obrigatório (1774), o anulamento da servidão (1781), a união de Morávia com o resto da Silésia num só complexo administrativo (1782) e o anulamento do serviço militar vitalício (1802).
Renascentismo nacional (século XIX)
Desde o final do século XVIII penetravam nas terras checas os ideias de liberdade e da sociedade de cidadãos. Uma nova capa de intelectuais checos formou durante o chamado renascentismo nacional a forma correspondente do idioma checo e fundou as bases das ciências modernas e arte. No ano de 1883 foi lançada uma recolha nacional para construir o Teatro Nacional (imagem do ano 1888). Grupos de radicais e liberais pela primeira vez entraram no palco político no ano tempestuoso de 1848, mais tarde foram substituídos por líderes de partidos políticos aspirantes ao direito eleitoral geral (1907). O desenvolvimento foi interrompido pela Primeira Guerra Mundial e no seu fim a 28 de Outubro de 1918 foi fundado o primeiro estado da Checoslováquia independente com o presidente Tomáš Garrigue Masaryk (1850 - 1937).
História moderna (séculos XX e XXI)
Depois de terminada a Segunda Guerra Mundial (1945), na luta política dos anos sucessivos, tomou o poder o Partido Comunista (desde Fevereiro de 1948). Os anos do governo totalitário e os problemas económicos culminaram no ano de 1968 na Primavera de Praga e na chegada de tropas dos países do Pacto de Varsóvia. O governo comunista fortaleceu-se novamente nos anos 70, na época da chamada “normalização”. Em Novembro de 1989, depois da Revolução de Veludo, o país voltou à democracia e foi eleito como presidente Václav Havel. Posteriormente deu-se a transformação da sociedade e da economia, privatização de empresas estatais, mudanças na legislação. Depois da divisão pacífica de Checoslováquia em dois países independentes formou-se no dia 1 de Janeiro de 1993 a República Checa, que no ano de 1999 entrou na OTAN e no ano de 2004 se tornou país membro da União Europeia.
Fonte: Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Checa